Engajamento com finfluencers bate recorde e mostra força nas redes sociais, aponta ANBIMA

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Flavio Sartori 

O público nunca esteve tão engajado com influenciadores de finanças, os chamados finfluencers. É o que revela a oitava edição do FInfluence, relatório semestral da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em parceria com o IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados). De acordo com o estudo, o segundo semestre de 2024 registrou um engajamento médio recorde de 2.965 interações por publicação, o maior da série histórica iniciada em 2020.

O número representa um crescimento de 21% em relação ao primeiro semestre de 2024 e um salto de 216,4% desde o início do monitoramento. Para Amanda Brum, CMO da ANBIMA, os resultados mostram a consolidação do segmento. “Há quase cinco anos monitoramos as atividades dos finfluencers 24 por 7 e nunca registramos um desempenho tão positivo quanto esse. A entrada de 170 novos influenciadores mostra que o mercado ainda tem espaço para crescer”, afirma.

Além do engajamento, o relatório aponta crescimento em praticamente todos os indicadores. O número de finfluencers subiu para 741, alta de 30% em comparação com a edição anterior. Esses influenciadores mantêm 1.662 perfis no Instagram, Facebook, YouTube e X (antigo Twitter), o que representa aumento de 24%. Já a base de seguidores somada chegou a 263,5 milhões de pessoas, alta de 17%. No mesmo período, foram publicadas 394.558 postagens, um aumento de 18%.

A maior parte dos influenciadores (576) ainda é composta por pessoas físicas, número que cresceu 30,6%. Apesar de uma leve queda de 10,4% na média de seguidores (320,8 mil por perfil), o engajamento cresceu 15%, com destaque para o YouTube, que teve 9.912 interações por vídeo em média. “É inegável que esse ecossistema evoluiu muito e tem se profissionalizado. São cada vez mais raros vídeos e posts com imagens caseiras nas redes”, diz Brum.

Já os influenciadores ligados a empresas também ganharam protagonismo. O número de perfis corporativos saltou de 130 para 165, uma expansão de 26,9%. O engajamento médio dessas contas cresceu 34,4%, alcançando 2.234 interações por post, com destaque novamente para o YouTube, que teve média de 12.411 interações. A melhora é atribuída ao aumento da qualidade das produções e à credibilidade das marcas envolvidas. “As empresas aprenderam o caminho das pedras”, resume Brum.

A preferência por conteúdos em vídeo segue forte. O YouTube lidera entre as redes com maior engajamento, registrando média de 10.816 interações por publicação, uma alta de 19,9% em relação ao semestre anterior. O Instagram, onde estão 36,2% dos perfis monitorados, aparece em seguida, com 2.130 interações por post, crescimento de 15,8%.

Por outro lado, o Facebook apresentou queda de 22% no engajamento médio. Já o X (antigo Twitter) sofreu impacto negativo pela suspensão judicial temporária no Brasil no segundo semestre de 2024, o que resultou em retrações de 3,4% nas publicações e 3,6% nas interações médias. Ainda assim, a plataforma concentra 37,2% das publicações monitoradas.

O FInfluence 8 é uma iniciativa da ANBIMA em parceria com o IBPAD. O relatório analisa a presença e o desempenho de influenciadores de finanças nas redes sociais desde 2021. A oitava edição avaliou 394.558 publicações de 741 influenciadores (com 1.662 perfis) nas plataformas Facebook, Instagram, X e YouTube, entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2024.


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