Pesquisa Inédita da Serasa Experian Revela: PMEs Têm Visão Exigente sobre Score PJ, Mas Realidade Mostra Discrepância

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Flavio Sartori

Pesquisa inédita conduzida pela Serasa Experian, lançou luz sobre a percepção das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) em relação ao Score PJ, a pontuação de crédito para pessoas jurídicas. O estudo revela uma visão notavelmente exigente por parte dos empreendedores: a maioria (64%) considera que uma pontuação "boa" para a reputação financeira de sua própria empresa começa apenas a partir da faixa de 701 pontos, em uma escala que vai de 0 a 1000. Essa aspiração contrasta fortemente com a realidade observada nos dados da própria Serasa Experian, que indicam que aproximadamente 76% das PMEs brasileiras possuem um Score PJ de até 400 pontos.

O Score PJ funciona como um termômetro da saúde financeira de uma empresa, indicando a probabilidade de ela honrar seus compromissos financeiros em um determinado período. Quanto maior a pontuação, menor o risco percebido pelo mercado. A pesquisa detalha a preferência das PMEs por notas elevadas: dentro do grupo que mira acima de 701, 37% apontam o intervalo ideal entre 701 e 900, enquanto 27% almejam pontuações ainda mais altas, superiores a 901. Em contrapartida, apenas 10% consideram a faixa entre 501 e 700 como "boa", 7% aceitariam entre 301 e 500, e somente 4% veem a faixa até 300 como suficiente.

Essa visão rigorosa sobre a própria pontuação apresenta pouca variação entre os diferentes segmentos de atuação das PMEs. No entanto, observa-se uma leve tolerância maior nos setores de serviços e comércio atacadista, onde 6% e 8% das empresas, respectivamente, consideram a faixa de até 300 pontos como aceitável para seu próprio Score PJ.

O contraste entre a aspiração e a realidade é significativo. Enquanto a maioria busca notas acima de 700, os dados da Serasa Experian mostram um cenário diferente, com mais de três quartos das PMEs concentradas na faixa inferior de pontuação (até 400). Cleber Genero, Vice-Presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, comenta a importância de entender essa dinâmica: “Uma pontuação acima de 500 no Score PJ já amplia as chances de a empresa obter um crédito de qualidade, com uma reputação mais robusta perante as instituições financeiras. No entanto, é interessante observar que as PMEs têm uma visão exigente em relação à sua pontuação, considerando faixas acima de 701 como adequadas.”

Genero ressalta a necessidade de acompanhamento contínuo: “Monitorar e cuidar do Score PJ é fundamental, pois a pontuação funciona como uma reputação financeira do negócio. É importante que os negócios conheçam e entendam seu Score, como acontece na pontuação pessoa física. Cerca de 84% dos consumidores já monitoram seu Score, enquanto na pessoa jurídica ainda está na faixa dos 20%. Por isso, trouxemos uma ferramenta explicativa do Score que ajuda as PMEs na compreensão de cada faixa e na visão 360º de cada nota”.

A pesquisa também investigou como as PMEs utilizam o Score PJ na avaliação de seus próprios clientes. Os resultados mostram que a ferramenta é amplamente adotada: 75% das empresas entrevistadas usam o Score PJ para analisar novos clientes, tomar decisões sobre vendas a prazo e, crucialmente, mitigar o risco de inadimplência. Quando questionadas sobre qual faixa de Score consideram mais atrativa em seus clientes, a preferência por notas altas se mantém: 38% (a maior concentração) apontam o intervalo entre 701 e 900 como o ideal. Outros 19% preferem clientes com Score acima de 901, e 14% consideram a faixa entre 501 e 700 como atrativa.

Cleber Genero reforça o papel estratégico do Score PJ na gestão de riscos: “O Score PJ é também uma ferramenta de gestão de riscos e esses percentuais comprovam que o mercado valoriza mais o cliente que tem o score mais alto, pois as chances de sofrer um calote são menores com esse tipo de perfil. Portanto, a empresa que tem o score mais alto, aumenta suas chances de obter crédito ou comprar a prazo. Quem trabalha com venda B2B precisa olhar para isso com atenção. Avaliar a pontuação dos clientes ou parceiros comerciais permite negociar melhor, evitar perdas e manter o fluxo de caixa saudável.”

Ele conclui enfatizando a importância de compreender os fatores que influenciam a pontuação: “É fundamental entender as faixas de pontuação e seu apetite a risco. Fatores como histórico e pontualidade de pagamentos e consultas realizadas, por exemplo, impactam no dia a dia financeiro das empresas e em seu Score.”

Para auxiliar os empreendedores nessa jornada, a Serasa Experian disponibiliza a consulta gratuita do próprio Score PJ em seu site (www.empresas.serasaexperian.com.br/serasa-score). A plataforma não apenas informa a pontuação, mas também oferece uma funcionalidade exclusiva e intuitiva que detalha a classificação (baseada em dados cadastrais, financeiros, comportamentais, Cadastro Positivo, dívidas e relação com o mercado), explica os motivos por trás das variações na nota e orienta sobre as medidas que podem ser tomadas para melhorar a situação financeira da empresa.

A pesquisa foi realizada em agosto de 2024, com entrevistas junto a 625 empresas de todos os portes e segmentos (serviços, comércios varejistas, indústrias e comércios atacadistas) de diversas regiões do Brasil. O estudo incluiu empresas que já tinham ouvido falar sobre o Score PJ, abrangendo tanto aquelas que consultam o dado com a Serasa Experian quanto as que utilizam outros birôs de crédito, garantindo uma amostra representativa e não diretamente vinculada à base de clientes da Serasa Experian.


Fonte:** Pesquisa Serasa Experian sobre Percepção do Score PJ por PMEs (Junho de 2025).


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