Gartner prevê avanço acelerado da IA Agêntica em aplicações empresariais até 2026

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Flavio Sartori

A Inteligência Artificial Agêntica deve transformar radicalmente o cenário corporativo nos próximos anos. Segundo previsões do Gartner, até 2026 cerca de 40% das aplicações empresariais contarão com agentes de IA especializados em tarefas específicas, contra menos de 5% atualmente. Até o fim de 2025, a expectativa é que praticamente todas as aplicações já tenham assistentes de IA integrados.

A consultoria aponta que a evolução da IA aplicada às empresas deixará de ser apenas um recurso de produtividade individual para se tornar um diferencial estratégico no trabalho em equipe, na automação de processos e na interação entre humanos e agentes. Essa tendência será um dos temas centrais da Conferência Gartner CIO & IT Executive 2025, que acontece entre 22 e 25 de setembro, em São Paulo.

De acordo com o Gartner, a IA Agêntica deve impulsionar cerca de 30% da receita global de softwares empresariais até 2035, ultrapassando US$ 450 bilhões. Hoje, essa fatia representa apenas 2%.

“Estamos testemunhando uma transformação acelerada. Os agentes de IA estão evoluindo de assistentes básicos para especialistas em tarefas, e, em seguida, para ecossistemas multiagentes até o fim da década”, afirma Anushree Verma, diretora analista sênior do Gartner. “Isso muda o papel das aplicações empresariais, que deixam de ser ferramentas isoladas para se tornarem plataformas de colaboração e orquestração dinâmica de fluxos de trabalho.”

Cinco estágios da evolução da IA Agêntica, segundo o Gartner:

  1. Assistentes de IA em todas as aplicações (até 2025): presentes em quase todos os softwares corporativos, auxiliam usuários, mas ainda dependem de comandos humanos.

  2. Agentes especializados em tarefas (até 2026): atuarão de forma independente em rotinas e incidentes complexos.

  3. Agentes colaborativos (até 2027): integração de diferentes agentes em uma mesma aplicação, ampliando a escala e a adaptabilidade.

  4. Ecossistemas multiagentes (até 2028): colaboração entre redes de agentes em diversas aplicações, com impacto em modelos de negócios e governança.

  5. O novo normal (até 2029): metade dos profissionais do conhecimento deverá dominar habilidades para criar, governar e trabalhar com agentes de IA sob demanda.

O Gartner alerta que os CIOs têm uma janela de apenas três a seis meses para definir suas estratégias de IA Agêntica, antes que o mercado avance para um ponto de inflexão. Empresas que demorarem podem perder vantagem competitiva.

“O futuro pertence às organizações que conseguirem adotar e integrar a IA Agêntica de forma estruturada, ética e eficiente”, conclui Verma.

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