Riscos de IA generativa crescem e ataques de ransomware disparam 46%, aponta Check Point

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Flavio Sartori

O avanço da inteligência artificial generativa está trazendo novos desafios para a segurança digital. Segundo o Relatório Global de Inteligência de Ameaças da Check Point Software, uma em cada 54 interações com ferramentas de IA generativa apresenta risco de exposição de dados sensíveis — um problema que já afeta 91% das empresas que utilizam a tecnologia.

O estudo também aponta que o número de ataques de ransomware cresceu 46% em setembro, totalizando 562 incidentes em todo o mundo. A América do Norte concentrou mais da metade dos casos (54%), seguida pela Europa (19%). Entre os setores mais impactados estão Construção e Engenharia (11,4%), Serviços Empresariais (11%) e Manufatura (10,1%).
Os grupos Qilin, Play e Akira lideraram as ofensivas, com foco crescente em infraestruturas críticas.

Apesar de uma leve queda de 4% no total global de ataques cibernéticos em relação a agosto, as ameaças continuam em níveis historicamente altos — com uma média de 1.900 ataques semanais por organização.

No Brasil, o cenário permanece crítico: foram 2.733 ataques semanais por organização, colocando o país entre os mais visados da América Latina. O setor governamental foi o principal alvo, com 4.407 ataques semanais, seguido por telecomunicações e serviços empresariais.

De acordo com Omer Dembinsky, gerente de pesquisa da Check Point Research, os cibercriminosos estão explorando novas tecnologias com velocidade crescente. “O ransomware continua sendo a ameaça mais destrutiva, enquanto os vazamentos ligados à IA generativa adicionam uma nova dimensão de risco. A única defesa eficaz é uma estratégia de prevenção em primeiro lugar, impulsionada por IA em tempo real”, afirmou.

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