Prevenção à Fraude se Consolida como Prioridade Estratégica em Empresas Brasileiras

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A prevenção à fraude está deixando de ser uma preocupação meramente operacional para se firmar como uma prioridade estratégica no cenário corporativo brasileiro. É o que revela o novo recorte corporativo do Relatório de Identidade e Fraude 2025 da Serasa Experian, a maior datatech do país. O estudo aponta que 64,7% das organizações já incluem o assunto em seus fóruns internos de discussão com frequência, e uma esmagadora maioria de 82,7% reconhece a necessidade de implementar múltiplas camadas de proteção contra os crescentes golpes digitais.

Essa mudança de percepção é um reflexo direto da digitalização acelerada e da sofisticação das táticas criminosas. O risco de fraude se intensificou, a ponto de 58,5% das empresas afirmarem que a preocupação com o tema cresceu significativamente no último ano.

"Estamos vivendo um novo normal em que o combate à fraude passa a fazer parte da cultura corporativa. Hoje, prevenir riscos digitais é tão importante quanto proteger ativos financeiros", afirma Rodrigo Sanchez, Diretor de Autenticação e Prevenção a Fraude da Serasa Experian.

Ao avaliar os impactos da fraude em seus negócios, os executivos entrevistados destacam uma série de preocupações que vão além do prejuízo imediato. A perda financeira é o risco mais citado, preocupando 50% dos respondentes. No entanto, a segurança de dados surge como um fator crítico, com 46,4% temendo o vazamento de dados de clientes e 43,8% preocupados com o vazamento de informações da própria organização. Outros riscos relevantes incluem o roubo de informações estratégicas (35%) e o aumento da inadimplência (29,1%).

Apesar da importância estratégica, a gestão da prevenção à fraude ainda se mostra pulverizada dentro das empresas. O relatório indica que a responsabilidade é distribuída entre diversas áreas:
TI ou Tecnologia lidera a gestão em 23,2% das empresas.
A área Administrativa é responsável em 16% dos casos.
Equipes dedicadas exclusivamente à Prevenção à Fraude conduzem o tema em 14,7%.
A Gestão de Riscos responde por 12,1%.
O setor Jurídico está à frente em 11,8% das organizações.

Ainda que a gestão não seja centralizada, o diretor da datatech, Rodrigo Sanchez, ressalta o aspecto positivo de o tema estar sendo amplamente discutido. "Fraude não é apenas um risco de curto prazo, mas um desafio contínuo que exige inovação e colaboração entre áreas. As empresas que enxergarem a prevenção como parte de sua estratégia de crescimento terão mais chances de prosperar em um mercado cada vez mais digital e competitivo", conclui o executivo.

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